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segunda-feira, janeiro 27, 2025
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Passa De 200 O Número De Mortos Durante Peregrinação Muçulmana Na Arábia Saudita | CNN Brasil

por Emilly Carvalho

Multidões de visitantes sofreram sob um calor extremo que chegou a 51,8º C durante a peregrinação anual muçulmana do Hajj, disse a televisão estatal saudita. As altas temperaturas na Grande Mesquita de Meca provocaram fatalidades.

A agência de notícias estatal da Tunísia Agence Tunis-Afrique-Presse, afirmou, nesta terça-feira (18), que 35 cidadãos tunisianos morreram durante o Hajj, que teve início na sexta-feira (15).

Muitas dessas mortes ocorreram por causa do calor, afirmaram membros das famílias nas redes sociais. Outros familiares seguem procurando parentes desaparecidos em hospitais sauditas.

O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia disse ter emitido 41 licenças de sepultamento nesta terça-feira (18). As autoridades afirmaram que buscam permissões para cidadãos que morreram de insolação, mas não informou quantas.

Mais cedo no mesmo dia, o ministério havia dito que pelo menos seis cidadãos jordanianos morreram de insolação durante o Hajj.

A agência de notícias estatal iraniana IRINN afirmou, nesta terça-feira (18), que 11 iranianos morreram e 24 foram internados durante a peregrinação, sem informar a causa das fatalidades.

Três cidadãos senegaleses também morreram durante o Hajj, disse a imprensa Agence de Presse Sénégalaise na segunda-feira (17).

De acordo com dados do Ministério da Saúde da Indonésia divulgados nesta terça-feira (18),144 cidadãos indonésios morreram durante a peregrinação. A pasta não especificou se alguma das mortes foi por insolação.

Nos últimos 30 anos, tumultos, incêndios em tendas e outros acidentes causaram centenas de mortes durante o Hajj, forçando o governo saudita a construir novas infraestruturas.

As autoridades da Arábia Saudita agora precisam lidar com o desafio de proteger os peregrinos do calor extremo.

Um estudo de 2024 do Journal of Travel and Medicine concluiu que, com o aumento das temperaturas globais, o calor pode piorar em um ritmo mais alto do que as estratégias de mitigação.

Uma pesquisa de 2019 da Geophysical Research Letters disse que, com as temperaturas subindo na já árida Arábia Saudita devido às mudanças climáticas, os peregrinos do Hajj enfrentarão um “perigo extremo”.

Esforço FísicoO Hajj é a peregrinação anual que milhões de muçulmanos fazem para Meca com a intenção de realizar ritos religiosos ensinados pelo profeta Maomé a seus seguidores 14 séculos atrás.

Uma fonte da área da Saúde da Arábia Saudita disse à Reuters que as autoridades não notaram mortes incomuns entre os peregrinos muçulmanos, em meio às temperaturas extremamente altas.

Até agora, o ministério tratou mais de 2.700 peregrinos que sofreram doenças relacionadas ao calor, acrescentou.

“O Hajj é uma tarefa difícil, então você tem que se esforçar e realizar os rituais mesmo em condições de calor e aglomeração”, disse um peregrino egípcio à Reuters no domingo (16).

Os peregrinos usaram guarda-chuvas para se proteger do sol, já que as autoridades sauditas alertaram para se que mantivessem hidratados e evitassem ficar ao ar livre durante as horas mais quentes do dia, entre 11h e 15h.

Uma das maiores reuniões em massa do mundo, o Hajj é uma obrigação única na vida para os muçulmanos fisicamente aptos que tem condições financeiras de comparecer. O evento terminará na quarta-feira (19).

Esperava-se que mais de 1,8 milhão de peregrinos participassem neste ano, de acordo com a Autoridade Geral Saudita para Estatísticas.

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